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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Folclore Oculto 2ºT: A Volta da Mula Sem Cabeça Ultima Parte.
Olá leitores.
Quero avisa-los que fiquei 2 horas procurando um dicionário tupi bom, para poder escrever uma simples frase do Curupira, kk, gente, eu gosto muito do que faço, só pode.Parte 6
Depois de seguirem alguns rastros de galhos
queimados e marcas de ferraduras, eles chegaram novamente à praça de inicio,
mas ela estava diferente.
_ Ah droga _ disse Cissa.
Os bancos quebrados, as árvores caídas no meio da
praça e toda aquela região vazia, a não ser...
_ Cissa, ali _ disse Núbia apontando para uma pessoa
ensanguentada atrás de um banco de concreto da praça.
Cissa e Núbia desceram de seus cavalos e foram
correndo em direção à pessoa, que era uma garota de uns 11 anos, morena, deitada
de barriga para baixo. Núbia ajoelhou-se do lado dela, colocou o dedo no
pescoço, ainda estava viva.
_ Temos que leva-la daqui _ disse Cissa.
Núbia assentiu e virou o corpo da menina.
Ela gemou e tentou abrir os olhos.
_ Oi garotinha _ disse Núbia tentando sorrir e
colocar a cabeça dela em seu colo. _ Fala comigo, vai.
A menina voltou gemer, depois murmurou:
_ Ela existe... a Mula-sem-cabeça existe.
Nubia balançou a cabeça.
_ Foi ela quem fez isso com você?
A menina assentiu de leve com a cabeça.
Cissa bateu o pé nervoso e olhou para os lados.
_ Cadê os pais dessa menina?
_ Devem estar a procurando _ concluiu Núbia.
_ Todos correram, mas eu não consegui _ murmurou a
menina com cara de choro. Núbia acariciou o cabelo da garota.
_ Calma querida, vamos tirar você daqui.
Antes de Núbia falar algo, Cissa se agachou e pegou
com cautela a menina no colo.
_ E aí mocinha _ disse Cissa tentando ser simpático
enquanto a levava até o cavalo. _ Qual é seu nome?
_ Mayara _ respondeu ela.
Núbia foi atrás deles e também conversou com a
garota, sabia que em tais situações não podia-se deixar de falar com a pessoa,
não podia deixa-la apagar, pois tal poderia nunca mais acordar.
_ Mayara é um nome lindo _ disse Núbia.
_ É indigna, muito bonito, porém o significado tupi
é estranho _ Disse Cissa.
_ Por quê? _ Perguntou Mayara
_ Significa bisavó, você não tem cara de bisavó.
A garota riu fraca.
_ Não mesmo _ concordou ela.
Núbia sorriu de canto decidiu deixar sua égua ali
mesmo na praça. Os três foram no Cavalo. Cissa o controlava, enquanto atrás Núbia
segurava a menina. Eles ficaram conversando com a garota o caminho todo, Cissa
fez algumas piadas para menina sentir-se melhor.
Mayara contou que foi um cara verde que o salvou, o
Curupira, ela mesma disse.
_ Ah, você conhece o Curupira? _ disse Núbia.
_ Quem não conhece? _ disse Mayara.
_ Estamos na Amazônia, menina _ disse Cissa com um
sorrisinho _. Ele é discreto, mas ainda sim, já é morador antigo daqui.
_ Nunca o vi, mas sempre soube que ele existia _
disse Mayara. _ Só não entendi por que ele chamou a Mula-sem-cabeça de Ângela.
_ Muito cachimbo da paz _ concluiu Cissa.
Tanto Mayara quanto Núbia riram.
Eles levaram a menina para o hospital, a enfermeira
conhecia a garota e dissera que os pais de tais estavam loucos pela cidade
procurando a filha, ela perguntou quem eram Cissa e Núbia, e eles desviaram da
pergunta dizendo que estavam muito ocupados.
_ Melhoras Mayara _ disse Cissa para a garotinha que
estava sentada numa maca esperando o médico.
Mayara sorriu para Núbia e Cissa e acenou com a mão.
Os dois saíram em disparada do hospital. No caminho Nubia não resistiu em
dizer:
_ Quem diria. Você é bom com crianças.
Cissa levantou uma sobrancelha.
_ Até sou. Eu gostaria de ser pai, se não sentisse
tanto medo do que nasceria de...
_ Eu sei _ disse Núbia baixando o olhar, eles já
haviam falado sobre aquilo várias vezes, e as conversas nunca eram aprazíveis.
...
Estava amanhecendo, quando eles ouviram os gritos
femininos de raiva que ecoavam da mata. Eles correram, já sem seus cavalos que
foram deixados pastando em um local qualquer.
_ Você não poderia ter feito isso! Maldito! Monstro!
_ dizia Ângela encostada em uma árvore, encolhida e com a roupa rasgada. Ela
jogava pedras, galhos, folhas e terra em Curupira que estendia as mãos pedindo
para que ela se acalmasse.
_ Foi para seu bem xa po-porã! Você iria morrer se
não se transformasse, tinha que se fortalecer!
_ Eu preferia morrer! Morrer! Eu queria ter sido
morta! Morrer!
Logo ela fitou Cissa e Núbia a olhando com expressões
pasmas, ela havia voltado a ficar jovem, com cabelos lisos e negros, a pele
branca, as olheiras menores, os olhos grandes e castanhos escuros. Aliás, ela
estava mais jovem até do que antes do encontro com a Cuca, nem parecia tanto
uma amaldiçoada, estava até bonita, mas prosseguia... Ângela.
_ Vocês também ajudaram! _ exclamou ela _. Malditos!
Vocês também são maus, muito maus! Maus, maus, maus...
_ Para Ângela! _ gritou Curupira e ela o olhou assustada.
_ Desculpa... eu não queria que tivesse acontecido tudo aquilo, mas não foi sua
culpa, não se sinta mal...
_ Se for sobre aquela garotinha da praça _ disse
Cissa _ Ela está bem, ok? Calma Ângela.
Ângela sentou-se, pôs-se a chorar.
_ Ângela, está tudo bem agora _ disse Núbia tirando
sua blusa negra e se aproximando de Ângela. Núbia ofereceu a blusa; Ângela se
olhou, pegou a blusa rapidamente e vestiu-a.
Curupira também se aproximou e curvou a cabeça
tentando vê-la. Ele precisava falar algo, mas não queria que ninguém entendesse,
então:
_ xa po-porã... peruda
iandê, recê xa mó, iandê porangatu! Potar abaíba _ disse Curupira em
tupi.
Ângela o fitou primeiramente um tanto pasma depois
com raiva.
_ A Lia me ensinou algumas palavras em tupi, e eu
não sou nem xa po-porã e... Acho que o resto eu traduzi errado, espero eu que
tenha traduzido errado, por que... não faz sentido, sentido algum!
Curupira por um segundo pareceu assustado e fez uma
cara de: I, ferrou. (provavelmente a ultima coisa que ele esperava era que Ângela
entendesse o que ele disse), Ainda sim tentou disfarçar.
_ Eh... Sim, sem dúvida você traduziu errado, óbvio.
_ Eu acho que não _ disse Cissa. Curupira o fitou.
_ Cala a boca, Cissa _ disse ele bravo, depois
voltou-se para Ângela.
Os dois se fitaram por um bom tempo, uma discussão
de olhares, até que ela se levantou, ainda encolhida, mas com expressão
decidida.
_ Não quero mais ver ninguém, nem um de vocês. Me
deixem, me deixem ir _ disse ela.
_ Mas... _ Curupira ficou sem palavras.
Cissa colocou a mão no ombro de Curupira. Ele
suspirou. Ângela fitou todos com um breve Tchau e se foi, caminhando com um
pouco de dificuldade.
_ Não posso deixa-la desse jeito _ disse Curupira. _
Mas também não posso segui-la.
_ Eu sei quem pode ajuda-la _ disse Núbia. _ Vai dar
tudo certo.
...
Ângela estava agarrada em suas próprias pernas
olhando a janela daquela cabana qualquer que ela achou no meio da mata. Já
fazia um dia inteiro desde que deixara todos para trás,
Ela sabia que
eles não haviam feito por mal, mas também não havia como perdoa-los.
Aquilo que Curupira falou não fazia sentido, mas
ficou na cabeça de Ângela, "peruda iandê" significava amo você,
depois ele disse que o que havia feito era por amor, e mesmo que tudo aquilo já
fosse estranho o suficiente, o que ele disse no final, "potar abaíba"...
Não podia ser verdade. Uma coisa é o apelido Xa po-porã, minha bela ingênua,
era algo carinhosos de amigos, mas o restante era quase uma declaração, aquilo
era estranho considerando as circunstância, Curupira simplesmente não podia
sentir aquilo, Ângela sabia, era impossível...
Logo então ouviu a porta atrás dela se abrir. Ela
virou assustada e viu na porta uma mulher lindíssima, com cabelos loiros que
caiam em ondas, um corpo perfeito vestindo um longo vestido azul marinho, olhos
verdes brilhantes, uma boca carnuda e perfeita com um batom vinho.
_ Olá minha cara amiga _ disse a mulher com um
sorrisinho _ Que cabana horrível que você foi arrumar, Ângela! Por Tupã! Vamos, eu vou leva-la para algum lugar
melhor.
Ângela abriu um amplo sorriso.
_ Lia!
Lia ou Iara, somente sorriu de canto.
Amando esse final <3, só perde para o quarto episódio da primeira temporada com o Edgar falando "A criatura não trabalha para mim criança. A criatura sou eu!". kk. E vocês, o que acharam? Comentem! Pois bem. postarei o resumo dos proximos eps, pq terminar a série n vai dar, como vocês viram, só esse post demorou quase um ano. kk
segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Folclore Oculto 2ºT: A Volta da Mula Sem Cabeça P/5
E aí seus lindos.
Perdão pela demora, mas bora terminar esse episódio que o blog A Verdade Alternativa, já está aberto, e logo eu parto pra lá, mas o que eu já postei, ficará por aqui, ok?
Parte 5
Núbia correu em direção a Mula sem cabeça quando esta
ultima empinou para destruir ou quem sabe até pular o muro do cemitério.
_ Não! _ gritou a garota, chamando a atenção da
criatura. _ Você não vai correr atrás daquelas crianças, Ângela, se você está
aí, me ouve, por favor, não faça isso.
A Mula sem cabeça relinchou e balançou sua não
cabeça de chamas (oi?).
Núbia pegou a cruz de madeira que levava consigo e
ficou entre a criatura e o muro, afastando-a com a cruz.
_ Saia daqui, vai! Sai!
A Mula tinha receio de ficar perto da cruz, mas
também queria passar, ia e voltava nervosa.
Núbia sabia que não iria segurar a Mula por muito
tempo daquele jeito, já havia feito aquilo numa igreja, e nem assim a Mula sem
cabeça deixou de segui-la. Ela pegou sua adaga com a outra mão enquanto
prosseguia erguendo a cruz. Com a adaga, usou de toda sua concentração numa lápide
quebrada ao lado e o mármore do túmulo voou diretamente na Mula, a fazendo cair.
Aquilo atrasou a criatura, mas também a deixou mais nervosa. Quando esta mesma
conseguiu se levantar correu em direção a Núbia que pulou para o outro lado,
caindo no chão, mas se levantou rapidamente e voltou a mostrar a cruz para a Mula,
que agora estava pouco se lixando para aquele pedaço de madeira, ela queria era
matar Núbia. A garota jogou a cruz, e tentou atacar a Mula, ela desviou das
chamas da criatura e fez um corte com sua adaga na pata da frente. A Mula
empinou e tentou acertar Núbia que voltou a desviar, porém, quando tentou
correr para se afastar a Mula correu mais rápido e deu com suas duas patas da
frente em Núbia que caiu no chão respectivamente. A Mula quis incendiar Núbia
com sua cabeça, mas algo a fez parar e voltar à atenção para o muro, e para as
crianças do outro lado dele.
Núbia
conseguiu se levantar, mas suas costas doíam de mais.
Mentalmente, ela já havia chamado Cissa desde
começo, uma magia de telepatia que ela aprendera com Curupira, mas até então,
pareceu não funcionar. A Mula sem cabeça começou bater fortemente no muro alto,
para quebra-lo e como tal parecia já bem antigo, ela estava conseguindo.
_ Hey, dona Mula _ irritou Núbia. _ Eu ainda não
morri.
A Mula relinchou provavelmente um palavrão na língua
das Mulas-sem-cabeça, e voltou a correr em direção a Núbia que já se considerava
morta, alguém que se sacrificou por vidas alheias, que lindo... só que não.
Cissa apareceu logo depois montado no alazão. Ele
passou pela Mula e a cortou com um facão, a Mula parou e gemeu de dor. Sangue
começou a escorrer dela.
_ Cissa não a mate! A Ângela! _ Avisou Núbia com as
mãos nas costas, ainda dolorida.
Cissa assentiu, virou e correu novamente na direção
da Mula, a cortando de leve com o facão, o plano dele era afastar a Mula
daquele local, mas mesmo a cortando ela não queria ir atrás dele, só queria
quebrar aquele muro.
Núbia olhou para seu relógio de pulso. Duas da
manhã, faltava muito para o amanhecer.
_ A estaca! Vamos quebrar logo essa maldição! _
disse Núbia a Cissa, que ainda galopava envolta da Mula, deixando-a confusa.
_ E se ela precisar de mais uma noite para se
recuperar? E se ela não comeu cadáveres o suficiente? _ questionou ele. _ Se a Ângela
voltar ainda doente, o Curupira nos mata.
Núbia teve que concordar.
Logo a criatura pareceu já irritada e começou a
avançar em Cissa quando este mesmo chegava perto, ele sorriu, era isso que ele
queria. Logo galopou cemitério adentro e a Mula o seguiu, Núbia queria correr
atrás dos dois, mas nem tinha como. Ela caminhou (ou rastejou, se preferir) dentre
o cemitério a procura de sua égua e rezou para que Cissa conseguisse controlar
a Mula sem cabeça.
Cissa corria, mas a Mula era muito mais rápida, seu
cavalo já parecia cansado o que não era bom sinal. Porém, por sorte, algo
chamou a atenção da Mula, suas chamas aumentaram, e ela parou bruscamente,
caminhou devagar até um túmulo qualquer e o quebrou.
Cissa sorriu e se distanciou, ele desmontou do
cavalo e o deixou descansando, depois foi com cautela até a Mula.
Ela tirava de dentro do túmulo, um cadáver de um
rapaz, estava com cores estranhas, na maior parte com o osso amostra, e vestia
um terno negro, mas não parecia em nada com uma criança, nas inscrições do túmulo mostrava um rapaz de uns 16 ou 15 anos sorridente, e a frase “Descanse
em paz, filho”.
_ Isso que é fome, ela já partiu para adolescentes _
debochou Cissa, é, um momento nada agradável para deboches, mas Cissa ás vezes
era meio frio mesmo.
A iluminação da lua cheia era agradável a Cissa, o
ar frio do cemitério também, era uma noite tão bonita, por que sempre ele tinha
um problema para resolver? Logo lembrou-se de Núbia, queria que tudo aquilo
acabasse de uma vez para poder ficar com sua menina, notou que ela estava
ferida da ultima vez que a viu, esperava que não fosse nada grave.
A Mula logo havia acabado sua refeição, galopou para
um local de mata, provavelmente o mesmo local de que viera, e Cissa correu para
seu cavalo, o montou, desamarrou, e foi atrás da Mula. Ele galopou pela mata,
mas não achou a Mula sem cabeça, ela era rápida de mais, logo ouviu galopes mais a longe,
e foi em direção de tal, porém, ouviu que a criatura fazia o mesmo, os galopes
ficaram mais altos até que o alazão de Cissa empinou, junto à égua logo à
frente.
_ Hey _ disse Núbia controlando seu animal, a égua
se acalmou e a garota suspirou ao fitar Cissa.
_ Você? _ disse Cissa. _ Achei que fosse a Ângela
Sem Cabeça.
_ Eu também _ admitiu ela. _ Bem, mas e agora? Será
que ela já cansou e se alimentou o suficiente?
_ Espero que sim, mas agora que ela está aqui, na
mata, o Curupira pode segui-la. Você está bem?
Núbia sorriu de canto.
_ Levei um coice, mas estou bem _ disse em tom um
tanto sádico, provavelmente fruto de uma frequente convivência com Cissa _. A
noite ainda não acabou, temos que achar Ângela.
Cissa assentiu, mesmo não concordando muito. Ele
queria cuidar de Núbia, via que ela estava ferida, com dor, mas sabia também
que ela não pararia por isso. Ela gostava muito de Ângela, e também de Curupira,
queria e iria ajudar seus amigos, e Cissa teria que fazer o mesmo.
_ A Ângela nos odiará depois disso, né? _ disse Núbia
com expressão vazia enquanto ia lentamente pela mata.
_ Creio que sim, mas depois ela perdoa.
_ Acho que ela fica acordada dentro da Mula, quero
dizer, a criatura poderia ter me matado, eu estava caída logo à frente dela,
mas ela não quis.
Cissa deu de ombros.
_ Quando o Saci... toma conta, eu fico dentro da
cabeça dele, mas não posso controla-lo, tão pouco sei com exatidão o que ele
está fazendo, mas a minha consciência... bem, o mundo é feito da consciência de
cada um, então ela sempre está acordada, mesmo depois da morte, nesses casos
também.
Núbia lembrava-se sobre o poder da consciência, isso
já era estudo científico e tudo, mas os bruxos já sabiam do poder da
consciência muito antes dos cientistas atuais, seja como for, algo só existe se
você acreditar nele, isso não são palavras de fadinha da Disney (também), é real,
ou melhor dizendo, segundo a física quântica, nada é real, somente imaginário,
mas voltando a história:
_ Quando eu acordo, é quase como uma
ressaca _ prosseguiu Cissa _, no início está tudo confuso, depois eu começo a
me lembrar e me arrepender de tudo. Creio que seja isso que também aconteça com
a Ângela.
_ Aham... Deve ser horrível _ concluiu Núbia.
_ E como. Mas não há muitas opções para nós _
lamentou Cissa.
Núbia o olhou sentida e ele tentou sorrir e quebrar a tensão, mas era impossível, cada dia mais Cissa tinha medo do demônio que estava dentro dele, e Núbia também, ele sabia disso. Da mesma forma que a consciência de Cissa ficava no Saci, o Saci, também persistia na cabeça de Cissa e aquilo era muito, muito perigoso.
Núbia o olhou sentida e ele tentou sorrir e quebrar a tensão, mas era impossível, cada dia mais Cissa tinha medo do demônio que estava dentro dele, e Núbia também, ele sabia disso. Da mesma forma que a consciência de Cissa ficava no Saci, o Saci, também persistia na cabeça de Cissa e aquilo era muito, muito perigoso.
E aí, o que acharam? Me empolguei nas citações de metafísica, kkk. Lembrem-se de já dar uma olhada e seguir meu novo (que é antigo, rs) blog. CLIQUE AQUI, o layout novo tá divo e tem uns posts antigos, mas legais lá, logo começo a postar coisas novas.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
Feliz Natal & @mateusoaresd contest
Oi, tudo bem?
Estou dando uma passadinha rápida só pra desejar boas festas à vocês e dar um breve aviso.
Eu estou participando de uma espécie de contest com uns artistas do Instagram.
Cada um de nós criamos um personagem e montamos uma turma de amigos que vão viver altas aventuras (hoje, na sessão da tarde). Brincadeira.
O contet consiste basicamente nisso, mas quem vai fazer isso são vocês.
Com fanarts (pra quem sabe desenhar. Até mesmo quem não sabe) ou fanfics (pra quem realmente não sabe desenhar kk ou pra quem se sente mais a vontade escrevendo).
Vamos julgar e escolher um prêmio legal pro vencedor. (Regras em breve. Eu aviso aos interessados daqui com um post).
E em clima de Natal, vamos dar à vocês, uma prévia dos personagens.
Esse é o meu: o Mozart Henry.
Em breve sai a bio dele.
Kkk ele é bem...sei lá. Soltinho.
Cada um dos personagens simboliza uma coisa do Natal. Se vocês entrarem no meu Instagram (@mateussoaresd), vão poder seguir os outros personagens do contest. Estão muito legais também.
Eu achei interessante falar sobre isso aqui, por ser super a ver com o Crystal Land.
Aguardem novas informações ;)
Até lá. (FELIZ NATAL, GALERE!!!)
sábado, 12 de dezembro de 2015
Folclore Oculto 2ºT: A Volta da Mula Sem Cabeça P/4
Olá Folclorianos Ocultos.
Já de começo devo avisar que estou pensando seriamente em começar a postar Folclore Oculto em outro blog e sair do CL, vocês prosseguiriam lendo?
Parte 4
Depois de uma trilha na mata eles chegaram enfim na
praça de uma cidade iluminada, mas não muito grande, com bastantes prédios
antigos e algumas ruas ainda feitas de tijolos, não asfalto. Ainda sim havia
algumas pessoas perambulando de um lado para o outro, principalmente ali, na
praça, onde muitos olharam Cissa e Núbia com estranhamento; não é sempre que
dois jovens saem do meio da mata em desespero montados em cavalos.
Os dois tentaram ignorar os olhares e foram cidade
adentro, agora de forma mais lenta.
_ Parece que a criatura nem passou por aqui, está tudo
muito quieto _ observou Núbia.
_ Sim... Provavelmente ela pegou outro caminho
direto para o cemitério _ concluiu Cissa, depois ele riu. _ Não acredito que
uma Mula foi mais esperta que a gente.
Núbia concordou e não resistiu em rir também.
Logo eles chegaram ao cemitério cimentado com lápides
variadas e notaram alguns túmulos quebrados, no mesmo instante tiveram certeza que aquilo
não fora obra de vândalos ou tempo. Foi então que ouviram o relinchar já
familiar.
_ Não é legal ficar andando de cavalo pelo cemitério
_ disse Núbia descendo de seu cavalo e o amarrando a uma cruz em cima de um túmulo de granito. Ela pegou sua adaga da cintura e uma cruz da outra.
Cissa também pegou um facão e uma estaca de madeira,
mas não desceu de seu cavalo.
_ Vou pelos locais mais abertos, você pelos
corredores menores, qualquer coisa grita.
_ Digo o mesmo _ disse Núbia. Ela então caminhou em
passos largos dentre os túmulos, e Cissa não segurou o sorriso ao ver o quão
sua menina de menina não tinha nada, era uma mulher, muito mais corajosa e guerreira
do que quando a conheceu.
...
Núbia logo viu a mula sem cabeça batendo com as patas
da frente em uma pequena capelinha pintada de rosa, dentro via-se a foto de uma
menina pequena, vários brinquedos como enfeites e a lápide cimentada logo
abaixo. O túmulo parecia recente e pertencer a uma criança muito amada.
Núbia sentiu seu coração apertar ao pensar que
sequer podia impedir a mula sem cabeça de se alimentar daquela criança, ela
precisava daquilo para se fortalecer, Ângela precisava daquilo para sobreviver;
no entanto como os pais daquela criança ficariam ao saber que o túmulo de sua
filha fora violado? E o corpo da finada, desaparecido? Já não bastava perder um
filho? Núbia não conseguia nem pensar naquilo, sem dúvida o maior castigo a um
ser humano é ver seu filho morrer antes dele.
Logo a mula havia quebrado a porta da capelinha e
entrado lá, novamente com patadas destruiu o túmulo e em seguida o caixão lá
guardado. O odor podre alcançou Núbia, mesmo esta estando a metros de distancia
do local, escondida atrás de uma lápide. A mula colocou sua não cabeça, ou
melhor, as chamas acima de seu pescoço dentro do túmulo, e uma questão já de
anos de Núbia foi respondida: como a mula sem cabeça se alimenta de cadáveres de criança
se ela não tem cabeça? Pois bem. Ela não se alimentava, ela queimava, de certa forma.
A mula começou a colocar a pata da frente lá dentro
para tirar o corpo da criança e ficar mais fácil devora-la. Núbia virou a cara,
não podia ver aquilo.
Quando ouviu os galopes da mula, voltou a visualiza-la; a
mula já ia embora, deixando para trás somente pedaços de um vestidinho branco e
rosa bordado e queimado, mas o cadáver já era.
A mula prosseguiu caminhando entre os túmulos, ela
ia divagar, e provavelmente sentia quando algo útil estava perto. Suas chamas
aumentavam e ela quebrava o túmulo próximo, e realmente nunca errava, o túmulo
que quebrava sempre tinha caixões pequenos de crianças... Ás vezes, quando só
eram ossos, a Mula ignorava e prosseguia sua busca (um cachorro sem cabeça seria mais fácil de alimentar, ossos serviriam), Núbia tentava não olhar os
túmulos, não queria, só seguia a criatura se escondendo. Logo então, a mula sem cabeça
parou bruscamente, ela estava de frente ao muro que separava o cemitério da
cidade.
_ Por favor, não saia daqui, por favor _ murmurava Núbia
_. Não há corpos lá fora, o que você vai querer lá?
Logo Núbia ouviu gritos vindo lá de fora, da rua,
não gritos de desespero, eram de graça, de brincadeira, eram gritos de crianças.
Núbia arregalou os olhos ao entender o que a
criatura queria:
_ Já que não há corpos de crianças aqui... vai fazer
os corpos ela mesma!
Aqueles momentos em que a Núbia só se ferra, não
podiam faltar né gente, aliás, não
esqueçam de responder minha pergunta feita logo a cima, e só para
avisar, após a mudança de layout, o
primeiro post do meu blog A Verdade Alternativa será sobre o Triângulo das Bermudas! Muuito bom.
Beijos e até.
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