quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Bounty Hunter




Capítulo lll



Nas horas seguintes, após se retirar do apartamento de Howard Denver, Thomas voltou ao seu, e tratou de, em uma linha segura do telefone, acertar os detalhes do início do golpe. Denver avisou que já havia preparado quatro de seus homens para simularem o assalto que iria acontecer no dia seguinte, e eles já estavam a caminho de Paris. Já era por volta de onze horas da noite, quando o Sr.Denver avisou à Thomas de que quatro seguranças haviam sido detidos, tendo suas roupas e pertences tomados. Agora só estavam no aguardo do helicóptero de fuga, e do restante do equipamento que seria usado por eles para danificarem o vidro blindado.

- … Muito bem, Sr.Denver, nos vemos amanhã! Tenha uma boa noite!

No instante em que desligou, ouviu passos próximos, e em seguida Katherine adentrou ao quarto, jogando sua bolsa por sobre a cama, e retirando sua blusa de frio.

- Oi, Kate! Como foi com a testemunha?

- Por enquanto tá tudo indo bem! Já conseguimos a informação necessária, e ele vai permanecer por aqui por um tempo!

- Então vamos embora amanhã a noite?

- Não, aconteceu uma outra coisa…

- Problemas?

- Parece que sim! A polícia de Paris estava investigando um homem, colecionador de várias obras importantes, caras, e raras.Parece que ele é suspeito de alguns roubos contra galerias de arte. E nos últimos dias, eles interceptaram uma de suas ligações, onde ele supostamente conversava com um mercenário!

- O quê?

Thomas suspeitava que Kate falava sobre o Sr.Wallis, e nesse momento pareceu ficar tenso.

- Pois é, loucura! A polícia ainda não sabe o quê eles estão tramando, mas parece que há americanos envolvidos. Por isso, fizeram um acordo com a polícia americana, e me deixaram encarregada de ajudá-los a examinar a ligação! Vou só terminar alguns detalhes sobre a proteção da testemunha, e assim que der irei a delegacia de Paris, começar a ajudá-los! Isso pode demorar alguns dias!

- E eles já sabem quem é o mercenário?

- Ainda não, mas vão começar a rastrear seu telefone amanhã, e aí vai ser fácil chegar até ele!

- Entendo…

- Vou ir tomar um banho!

- Certo, já vou me deitar também!

Ela caminhou até sua mala, onde pegou algumas roupas, e caminhou do extenso quarto para o banheiro, no cômodo seguinte. Enquanto isso, Thomas rapidamente desligou seu celular, e tratou de pisoteá-lo várias vezes, por sobre o tapete, assim não fizera barulho algum. Pegou os restos do aparelho, e o colocou dentro de um saco, abrindo a sua mala, e 
o jogando dentro, trancando-a em seguida.

Na manhã seguinte, Kate havia acordado bem cedo, cerca de oito da manhã, e ido para a casa da testemunha. Cerca de quarenta minutos após sua saída, Thomas já estava subindo ao quarto de Howard Denver, apressado... impaciente. Assim que bateu à porta, o Sr.Denver à abriu, e ele entrou, demonstrando nervosismo.

- O quê houve, Thomas? Porquê está aqui tão cedo?

- Nós temos problemas, Howard!

- Quais?

- A polícia de Paris já está na cola do Sr.Wallis, e eles detém a gravação de uma conversa comigo! Por sorte eu já destruí o celular, mas vai ser uma questão de tempo até a Kate ouvir a gravação, e saber que eu sou o mercenário!

- Droga, isso não é nada bom! Vamos ter que apressar as coisas!

- Maldição, eu tô ferrado!

Thomas andava de um lado para o outro, com uma das mãos sobre a testa.

- Thomas, quem é Kate?

- O quê?

- Você disse que seria só uma questão de tempo até a … Kate, ouvir a gravação!

- Kate é minha amiga, ela é da polícia, e está aqui para ouvir uma testemunha, mas agora a polícia de Paris quer a ajuda dela!

- Então não é um problema tão grande, é só matarmos Kate!

- Não!

- Thomas, é só fazer isso, e nossos problemas serão muito menores! Vou ligar agora para um dos meus homens, e pedir que ele faça isso!

Assim que Howard puxou seu telefone do bolso, teve seu braço segurado por Thomas, que o encarava com uma feição rude.

- Mande seus homens atrás de Kate, e ela não será a única morta dessa história!

- Thomas…

- Você me ouviu!

- Tudo bem, vamos fazer do seu jeito!

Ele engoliu o seco, e voltou o telefone ao bolso.

- Ligue para o Sr.Wallis, de uma linha segura, e mande-o vir para cá.

- Eu já fiz isso! Ele deve estar a caminho!

- E quanto ao helicóptero de fuga? Os equipamentos?

- O helicóptero está só aguardando minha ligação para poder vir. Os homens e os equipamentos já estão a caminho do hotel!

Nesse instante, uma leve batida se deu à porta do quarto. Thomas à abriu, e então o Sr.Wallis entrou. Ele estava com um cajado, o usando como apoio para andar.

- Não se preocupem com o cajado, apenas acordei com algumas dores na perna esquerda! E quanto aos negócios?

- Wallis, meu amigo… vamos ter menos tempo do que pensamos!

- Como assim, Howard?

- Thomas descobriu que a polícia já está na sua cola, e sabem que está planejando algo! Mas eles não têm provas concretas, apenas especulações!

- E como ele descobriu isso?

Howard e Thomas se entreolharam, e então ele disse;

- O Sr.Rose tem suas fontes, Wallis, mas o quê importa é que teremos menos tempo!

- E onde estão seus homens?

- A caminho, estão a caminho!

- Ótimo!

Thomas caminhou em direção a janela, e ali ficou, pensativo, pelos próximos minutos, até que por fim os agentes da C.I.A chegaram, a mando de Howard.

- Rapazes, esqueçam as apresentações! Estes homens são o quê precisamos, e isso é tudo que precisam saber!

Disse Howard, apresentando os quatro homens, que já estavam vestindo roupas de segurança.

- Uma pergunta, como eles vão entrar no Louvre? Mesmo vestidos de seguranças, são estranhos!

- Exato, é por isso que consegui que os outros quatro, que estão presos em um galpão, ligassem ao museu… arrumamos algumas desculpas para afastá-los do trabalho! E também, não foi tão difícil conseguir o estágio para os senhores; Adolphe, Auguste, Corin e Flavie!

Disse Howard, colando nos uniformes, crachás, com os respectivos nomes citados por ele.

- Vocês estão cientes do quê devem fazer?

Perguntou Thomas.

- Entrar, atirar para todos os lados, principalmente no vidro blindado, e fugir!

Disse um dos homens.

- Vai ser fácil!

Completou o outro.

- Ótimo, agora vão, não temos muito tempo!

Assim que partiram rumo ao museu do Louvre, Howard abriu um notebook por sobre uma mesinha, onde ficaram Thomas, Wallis e Howard atentos à tela. Dali podiam ver tudo que acontecia ao redor do museu, por uma câmera de satélite.

- Tecnologia da C.I.A, rapazes!

Disse ele. Abriu mais dois computadores, um ao lado do outro, e agora tinham a visão das câmeras do interior do museu, de todas as alas.

- Agora é só esperar pelo show!

Demorou longos minutos até que Wallis avistou o carro parando, próximo do museu. Os quatro então caminharam em direção a ele, todos com bolsas.

- Droga, vão ter que passar pelo detector de metais, e vão descobrir as armas nas bolsas!

- Acalme-se Thomas, espere só até ver… isso!

Ele clicou, e a câmera mudou para o interior do museu, onde eles se apresentavam como seguranças. Todos tiveram suas bolsas abertas, depois fechadas, e entregues de volta aos homens, enquanto iam para a sala de segurança do museu.

- O quê aconteceu?

- Eles desmontaram as armas, e vão remontá-las na sala de segurança! Junto com as armas, tinham várias ferramentas, pra não despertar suspeitas!

- Parece um bom plano!

Disse o Sr.Wallis, franzindo o cenho.

Assim que os homens chegaram na sala de segurança, eles abriram a porta, e entraram. 
No lugar em que estavam, não tinha câmeras, mas era a sala onde outros seguranças controlavam as câmeras de segurança de todo o museu.

- Espero que saiam de lá armados!

- Não se preocupem!

Eles ficaram sem resposta alguma por cerca de vinte minutos, e pelas outras câmeras, puderam ver que o museu já havia sido aberto, e começava a ficar lotado. Até que por fim, saíram os quatro, ainda com roupas de seguranças, porém com um colete, cada um, todos usando fuzis de assalto. Se depararam, no entanto, com a multidão que começava a se aglomerar por ali. Um deles agarrou a primeira pessoa que viu, puxando-a como refém. Logo a correria e gritaria por todos os lados começou, e os quatro correram, atirando para o teto, afim de chamar atenção.

- Agora sim, precisam fazer isso em menos de cinco minutos!

Murmurou Howard. Pela câmera, os três viam os agentes correndo, e atirando em todos os lados. Um dos tiros acertou um homem, na perna, que caiu, sangrando. Vários vidros blindados começaram a ser danificados, e até algumas obras sem proteção. Quando por fim chegaram na seção de antiguidades egípcias, um dos agentes olhou diretamente para a câmera. Os quatro usavam máscaras de gás, e então, enquanto dois atiravam em outras obras, o outro mantinha a mulher que havia feito refém, e o quarto gastava todo o pente, atirando na blindagem da Trindade Egípcia.

- Hora de providenciar a fuga!

Howard pegou o telefone, e após digitar alguns números, ligou, dizendo apressado logo em seguida;

- Pode ir!

Assim que disse, encerrou a chamada, porém discou um novo número, ligando em seguida. Pela câmera, puderam ver um dos agentes puxando um celular das vestes, colocando-o próximo da orelha.

- O helicóptero está a caminho, vão para um lugar que ele possa pegar vocês!

O agente não disse palavra alguma ao telefone, apenas o desligou, e o guardou em sua roupa. Em seguida viram-no apontando o indicador para a saída daquela seção.

- Droga, a polícia já tá no local!

- Não se preocupe, Wallis, eles tem um refém!

- Ali, o helicóptero chegando!

Apontou Thomas, para uma das câmeras de fora do Louvre. Em poucos instantes, podia-se ver os quatro saindo do Louvre, um deles com a arma apontada para a cabeça da refém. Os policiais hesitaram, baixando as armas, e deixando com que os homens entrassem em um furgão deixado estrategicamente ali, ainda com a refém. Assim que partiram, de dentro do veículo eles atiraram contra os carros dos policiais, danificando os pneus, e impedindo que fossem perseguidos por eles. Howard os seguiu pela câmera do satélite por alguns minutos, até que o carro freou bruscamente sobre a ponte do rio Sena. Digno de cena de filme, o helicóptero se posicionou ao lado, e assim que ouviram as sirenes dos carros de polícia chegando, saltaram da ponte para dentro do helicóptero. Após isso, fugiram dali, se distanciando rapidamente do rio, enquanto os policiais pegavam a mulher que fora feita de refém.

- Isso!

Gritaram os três.

- Primeira parte concluída com sucesso! Há há!

- Ótimo, agora precisa descobrir qual a empresa que fornece os vidros blindados ao museu, e aí irei me certificar de me passar por um deles, enquanto seus homens vão comigo, pra terminarmos isso!

- Ouça, Thomas, você já está se expondo demais! Deixe que eu cuide de tudo, e te ligo quando tiver tudo pronto! Aí é só você chegar, ir, e acabar com isso!

- Vocês são os melhores!

Gritou Wallis, eufórico, e se erguendo do sofá.

- Irei agora para uma reunião de negócios, e logo depois terminarei a decoração do quarto que estou fazendo para minha mais nova estátua! Vejo vocês amanhã, quando concluirmos este grande golpe!

- Espero que dê tudo certo!

- Não se preocupe, Tom, vai dar!

Afirmou Howard. Nesse instante o celular de Thomas tocou. Era Kate. Ele tratou de atendê-la rapidamente.

- Tom?

- Oi, Kate!

- Onde você está?

- Eu tô perto do hotel, porquê?

-Acabei de receber a notícia de que houve uma tentativa de assalto ao Louvre, mantenha distância de lá, por favor!

- Não se preocupe, Kate, eu já vou voltar pro hotel!

- Isso, nos encontramos lá!

Ele desligou o celular em seguida.

- Acho melhor eu ir também, Howard! Nos vemos depois!

- Matemos contato! Se cuida, Thomas!



Terceiro capítulo... Boa leitura.


2 comentários:

  1. Tá ótimo! Está parecendo que o Tom realmente está apaixonado pela Kate kkkkk só falta ele assumir.

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