Olá Leitores
Vamos a continuação do episódio mais longo de Folclore Oculto (calma que essa é a penúltima parte, kk):
Dentre galhos baixos e arbustos se via dois olhos vermelhos e amarelos em
fúria. O rosno da criatura era grave e baixo. Os quatro permaneceram parados e
observando o monstro que os espreitava. Os olhos vermelhos voltaram-se para o
lago, onde Lia respirava pesadamente, e prosseguia em sua forma monstruosa. Um
passo foi dado e agora se podia ver de forma mais nítida daquela horrenda
criatura, de pelos negros, com quase três metros, corpo curvo, e garras
gigantescas como a presa. Era um lobo, mas que andava somente com as duas patas
traseiras, como um homem.
_ O cachorrinho de Edgar até que é bem grandinho, né _ comentou Cissa.
O lobo uivou e os encarou, depois avançou para o lago, onde
respectivamente Lia mergulhou e sumiu.
O lobo bateu na água como se isso fosse trazer a Iara para superfície.
Depois que notou que aquilo seria em vão resolveu dar atenção a outros
inimigos. Avançou contra o trio. Cissa ficou a frente de Ângela e Núbia e, fez
um corte profundo, porém inútil nas patas traseiras do animal. O lobisomem
uivou; de sua ferida saia fumaça, ainda sim, este suportou a dor e tentou cortar
o rosto de Cissa com suas garras dianteiras, mas este foi mais rápido e fincou
a adaga na barriga do lobisomem que recuou. Agora mais furioso, a criatura
voltou a acatar, mas Núbia pulou e usou o facão para cortar o peito do
lobisomem. Mais fumaça e sangue surgia dos ferimentos do monstro. Em uma nova
tentativa ele jogou Cissa que bateu com força em uma arvore. Aquilo enfureceu Núbia
que atacou várias vezes o lobisomem, sem pensar ou fazer estratégia. Ângela
enfim saiu do estado de choque e tentou ajudar, porém logo ambas, também foram
jogadas de lado. Ninguém ali tinha força para o lobisomem.
_ Ei! _ disse Lia voltando a superfície. _ Sou eu que você quer. Então
venha me buscar.
O Lobo não pensou duas vezes, e com rapidez agarrou Lia pelo pescoço
com suas garras afiadas. Lia rosnou e mostrou suas presas, depois garras-retráteis
e amareladas formaram-se em suas mãos enrugadas e com estas ela arranhou os
“braços” do lobisomem, que a soltou no mesmo instante.
_ Minhas garras não são de prata, mas tem veneno _ avisou Lia em um
sorriso maldoso.
Núbia aproveitou que o lobisomem estava distraído e foi até Cissa que
prosseguia inconsciente encostado a uma arvore.
_ Cissa _ sussurrou ela _ Fala comigo, por favor.
Ela acariciou os cabelos encaracolados de Cissa e levantou sua cabeça.
O chamou mais algumas vezes, mas ele não respondeu. Ângela observava tudo de
longe, e negou com a cabeça junto a uma expressão de quem diz: desista.
Uma lagrima de desespero rolou pelo rosto de Núbia, porém logo Cissa
emitiu um pequeno gemido.
_ Cissa! _ exclamou Núbia sorridente.
Ele abriu os olhos e a fitou com seu sorrisinho sapeca.
_ Oi menina. Não consegue mesmo viver sem mim, não é? _ Núbia riu com
isso, e ele tentou se mexer o que não deu muito certo. _ Ai, acho que quebrei
uma costela.
_ Calma _ disse Núbia. _ Eu vou te ajudar. Mas preciso acabar com isso
de uma vez.
Ela olhou o lobisomem que mesmo muito ferido estava forte enquanto Lia
já parecia debilitada. Ela não conseguia controlar mais a água como fazia há
alguns segundos antes. O cutelo de Ângela estava fincado nas costas do
lobisomem, o que significava que a pobrezinha havia tentado lutar, o que não
demostrou resultado. Já desarmada Ângela somente gritava desesperada para que
Messias-lobisomem deixasse Lia em paz, mas ele a ignorava. Núbia segurou seu
facão com mais firmeza e Cissa a pegou pelo braço.
_ Não faça besteira menina _ pediu ele.
_ Alguém tem que acabar com isso Cissa, e sou a única que sobrou _
disse ela com os olhos semicerrados.
_ Você é mais corajosa do que parece _ disse Cissa com um leve sorriso.
_ Eu amo isso.
Repentinamente ele a puxou pelo braço e com certo esforço se esticou e
beijou-a na boca. Núbia o correspondeu, é claro, depois simplesmente correu com
seu facão de prata, o qual fincou nas costas do lobisomem. O lobo se contorceu
e uivou; contudo antes que se virasse, Núbia voltou a espetalo com o facão.
Sequer ela sabia o que estava fazendo, nunca nem brigou na escola, e agora
estava lutando contra o lobisomem? Ela não entedia o que era aquilo, mas toda
vez que estava frente a frente com alguma criatura como aquela, ela sentia-se
mais forte, invencível. Foi a mesma coisa com a mula-sem-cabeça, ou com o Boto
(depois de ter voltado a razão, é claro).
Ela pulava, usava uma força que sequer sabia possuir, e lutava como nunca imaginou lutar.
Aiiiiiii! Momento Casal! O Cissa foi muittooooo fofinhooo! Por que ele não pede ela em namoro logo em? kkkkkk Tá mais fácil acontecer o contrario kkkk.
ResponderExcluirEu acho que a Núbs escapa numa boa (Só uns vários ossos quebrados kk), mas ela é descendente de Édgar ( o bruxo mau ) então talvez ela tenha alguma anormalidade tambem!
Aguardando a continuação...........
Esse casal é realmente uma graça, mas é complicado.... Vamos ver no que dará.
ExcluirBem, não posso dizer muita coisa, mas posso afirmar que sim, Edgar passou alguns talentos para Núbia geneticamente falando. kk
Amei seu comentário. BJS.