quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Folclore Oculto: 4º Episódio; Última Parte.

Olá seus leitores lindos.
Enfim a ultima parte deste episódio! Que tem um fim surpreendente (em minha opinião), mas se você sequer leu a sexta e penúltima parte, CLIQUE AQUI, já se está curioso pela ultima, leia a seguir.

O lobisomem cambaleou já coberto pelo próprio sangue, Núbia tinha alguns arranhões, havia torcido o calcanhar, mas prosseguia firme, porém ofegante, com olhar sanguinário enquanto observava sua vítima prestes a morrer. Logo a criatura caiu no chão, sucumbida. Núbia olhou em volta. Ângela a fitava com os olhos arregalados, mas com um sorrisinho. Lia já tinha voltado á forma humana, parecia esforça-se para manter seus lindos olhos verdes abertos; o corpo estava ferido, e coberto por água até os ombros.
_ Obrigada _ ela conseguiu dizer.
Ao lado, Cissa fitava a garota com um sorriso de orgulho e encanto.
Parecia tudo encerrado quando de repente uma criatura tão horrenda quanto o lobisomem surgiu do nada com rapidez sobrenatural; não foi possível vê-lo direito, mas parecia ser algo sem pelo, com orelhas pontudas, alto e com braços longos; seja como for, essa criatura simplesmente surgiu, agarrou Lia e foi embora. Não houve tempo sequer de gritar. Os três, Cissa, Núbia, e Ângela simplesmente ficaram ali, parados, perplexos, pasmos, imóveis.
_ Eu não acredito! _ disse Núbia inconformada. _ Foi tudo em vão! O que era aquilo? _ exclamava ela.
_ O chupa ca-ca-bra _ disse Cissa quase sem voz. Núbia nunca viu Cissa assustado ou amedrontado de verdade antes, mas naquela hora ele realmente parecia espantado.
Ângela caiu de joelhos e desabou em lágrimas.
_ Não! Não! Não! Ele pegou Lia, ele pegou Lia!
Núbia estava destruída por dentro.
_ Ei menina, não fica assim _ disse Cissa com olhar piedoso, parecia tentar esquecer o susto passado. _ Vai para casa,  e leve Ângela com você.
_ Não _ exclamou Ângela
_ Edgar não irá fazer nada nem com você nem com Núbia _ prometeu Cissa. _ Não sei explicar porque, mas sinto isso.
_ E você?  _ exclamou Núbia.
_ Eu chamo o Curupira, e ele vai me ajudar, eu acho. Prometo que você me verá bem amanhã; e você ao menos promete que vai me ver, né?
Núbia conseguiu esboçar um sorriso e assentiu, todavia, a palavra Curupira pareceu deixar Ângela nervosa, ela pegou o braço de Núbia e pediu para que voltassem logo para casa. Núbia não queria, mas confiava em Curupira, sabia que se Cissa o chamasse ele apareceria e cuidaria bem do amigo. E assim voltou para casa, mesmo sem saber como conseguiria viver ou dormir na mesma casa que Edgar depois de tudo.
Ao chegar no casarão, Ângela se recusou a entrar, e ficou na entrada, logo Núbia entendeu o porquê. Na escada Edgar apoiava-se ao corrimão enquanto fitava a entrada com um sorriso mordaz. Ele usava uma calça e uma camiseta preta, só. Estava um tanto soado e com arranhões nos braços enrugados, e alguns também no rosto. Núbia sentiu uma fúria imensa lhe invadir e marchou até Edgar.
_ Seu monstro! _ exclamou ela. _ O que fez com ela? Onde está Lia ?
Edgar riu secamente.
_ Criança ingênua. Só por que matou um lobisomem e está coberta de sangue e com um facão na mão, acha que pode me assustar?
Núbia não disse nada, somente prosseguiu o fitando com ódio.
_ Não vou negar que estou orgulhoso _ disse Edgar. _ Inicialmente pensei que você fosse somente uma pirralha que eu teria que abrigar por alguns meses, nada de importante. Agora vejo que você é uma Cabrall tão digna quanto meus descendentes mais próximos. É tão forte e corajosa quanto meu filho, seu bisavô. Nascida para o mundo sobrenatural, é indiscutível seu parentesco comigo.
_ Pois saiba que eu não sinto o mínimo orgulho de ser sua tataraneta! _ exclamou Núbia, e Edgar somente levantou uma sobrancelha.
_ Não me surpreendo. De qualquer forma. Você não tem para onde ir, Núbia Cabrall. Sou seu tutor temporário e essa é sua casa. Ficará aqui, me odiando ou não. Contudo... Se você estiver disposta, poderia ser uma feiticeira como eu!
Núbia fez uma expressão interrogativa como se não acreditasse no que ouvia. Edgar então fitou Ângela, que encolheu os ombros, amedrontada.
_ Ângela, eu devia lhe castigar por sua traição, mas... para mostrar que não sou tão mau assim, vou somente demiti-la. Pode arrumar suas coisas e sumir daqui. E Núbia, vá para seu quarto, tome um banho e descanse, parece exausta – disse ele em um tom de sarcasmo.
Ele então começou a subir as escadas, mas Núbia o parou.
_ Ei! E Lia? E aquela criatura que a pegou? O Chupa-Cabra trabalha para você também, não é?
Edgar negou com a cabeça e bufou como se dissesse: Ninguém merece; Em seguida voltou-se para Núbia e a pegou pelo braço.
_ A criatura não trabalha para mim criança. _ Os olhos dele ficaram totalmente negros. _ A criatura sou eu! _ bradou por fim.



Comentem o que acharam! Agora Edgar começará a aparecer mais, vou até postar um desenho dele aqui (sabe, eu particularmente o acho charmoso, mas deve ser efeito da demência), mas bem, por hoje é só. Beijos, e até a próxima.

4 comentários:

  1. Amei, so li hoje por que ontem eu fiquei o dia todo lendo histórias de terror para inspiração e tals , nos escritóriras e nossas reviravoltas blood também vai ser assim rsrsrsrsr

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    1. Que bom que gostou. Ah sim, normal, também passo horas lendo antes de escrever algo.
      Sim, não tenho dúvidas. kk BJS

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  2. Eu Super Amei!
    Édgar o Chupa cabra?!Que loucura, eu nunca pensei em nada do tipo!
    Incrivel, UFC Núbia kkkk
    Gente!A Núbs e o Cissa são tão esquisitamente Perfeitos!

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    1. Que bom!
      É Inesperado, mas logo essa história de Edgar fará mais sentido.
      Kk. esse negócio de protagonista sonça não é comigo, Núbia é a prova disso, kkk e sim, Cissa e Núbia são esquisitamente perfeitos, sem dúvida alguma bjs

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